"Não, não é uma decisão precipitada...tenho reflectido muito acerca de nós. Nós! Nunca fomos nós. Sempre fomos, eu e tu!
Pensei muito, e mesmo não tendo a certeza se é bem isto que eu quero, decidi. Nós, não somos nada um para o outro. No fundo eu nunca soube muito bem o que eras para mim, nunca soube muito bem porque te gosto tanto, porque preciso tanto de ti na minha vida, mesmo que, sempre distante, preciso de te saber aí, de te saber bem. Nunca esperei, nem nunca te quis definitivamente na minha vida, nunca previ um futuro contigo presente diariamente na minha vida, mas sempre precisei de saber que fazias parte de mim, que me eras "meu" de alguma forma.
Gosto de ti, fazes me bem. A longa ausência de ti, deprime-me. A espera e a incerteza de ti, desespera-me.
Lembras-te? Tantas vezes conversamos sobre o fim...chegou!
Penso que neste momento estou preparada para sair. Já não espero por ti. Já não sorrio cada vez que abro uma mensagem, o coração já não palpita.
Tenho medo sim. Tenho receio que na tua (possível) próxima mensagem, este coração volte a fraquejar...eu não quero. Não quero mais esperar-te incansavelmente. Eu cansei!
Não voltes. Não me abandones por inteiro. Lembra-te de mim, de vez em quando. Não me esqueças por completo, liga-me, pergunta se estou bem. Guarda-me como algo de bom que te aconteceu. Vou deixar comigo, o teu cheiro na minha pele, o teu toque suave no meu corpo, o teu sabor na minha boca...o teu abraço quente que me protegia do meu mundo. Guardo-te em mim. Ainda te preciso... mas, cansei!"
Preciso de uma boa dose de coragem para enviar estas palavras ao Gabriel. Preciso mesmo!
"Será sempre até um dia"