domingo, 25 de maio de 2014

...e quando penso que não pode piorar...


Escusado será dizer que passei uma 6ª feira de rastos. Não consegui deixar de pensar em tudo o que disse ao Gabriel, em tudo o que já passamos juntos...em como seria daqui para a frente...

Chego a casa por volta das 23.45, exausta, depois de um dia de trabalho... o "meu marido" inicia uma discussão com o miúdo mais novo (não interfiro)...o miúdo vai para a cama.
Reparo que afinal o "meu marido" desligou a Internet consequentemente a televisão...fico possuída...(normalmente, é esta a minha hora de vir para o PC) discussão brava (como já disse aqui, nós raramente nos falamos, só mesmo o essencial ) entre palavras e meias palavras...bazei!

Noite fria, ruas desertas, auscultadores nos ouvidos, cigarro na mão, lágrimas a cair, e tanto me passou pela cabeça...Deus, pensei em tanta coisa...só me apetecia desaparecer, fugir, ir para muito longe, não ver ninguém por muito, muito tempo... estou tão farta desta vida de merda, foda-se não tenho sorte com nada...que droga de vida esta... às vezes apetece-me acabar com tudo...às vezes não gosto de mim...às vezes sinto-me tão pequena, tão desnecessária...será que eu sou importante para alguém? Às vezes não sei o que ando aqui a fazer...
Ando um tempo infinito...limpo as lágrimas, respiro fundo, e digo-me..." tem calma Bruna, um dia tudo passa, há pessoas que tem problemas bem mais graves do que os teus, tens saúde e dois filhos que te adoram e precisam ainda de ti..." regresso a casa, tomo um duche e durmo.

...claro que hoje acordei com um peso enorme nos meus olhos e uma tremenda enxaqueca...

Estou um trapo!

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Furiosa/Triste



...
B-"Olha agora a serio, pensa comigo, se não podes à noite e não é conveniente de dia,quer dizer que não nos vemos mais, é isso não é Gabriel? Ou estou enganada? E responde, sabes que fico toda stressada quando me ignoras..."
G-"Eu não te ignoro. Claro que nos vemos amor, só que tem de ser durante o dia, à noite não dá Bruna"
B-"Estou aqui a pensar, nem sei que te diga...só podes estar a gozar comigo...se antes era difícil, agora é quase impossível...não brinques...
Sabes o que penso...prefiro a certeza de não ter, que a incerteza de ter...
Olha Gabriel vou dizer isto com muita pena minha, com o coração apertadinho...não contes mais comigo :( xau aí..."



quarta-feira, 21 de maio de 2014

Foi por impulso


Não. Tu não fizeste isso Bruna!


Temos trocado mensagens, é verdade...só.

B-"Lembrei-me de ti, hoje esteve um técnico na minha casa..."
G-"Que conversa é essa...eu sou o único técnico que pode ir aí."

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G."Onde estas amor?"
B-"Em casa."
G-"Preciso de te ver, vou aí."
B-"Quando? Agora?"
G-"Já."
B-"Não. Não estou sozinha. Onde estas?"
G-"Perto da tua casa, anda aqui Bruna"
B-"Onde?"
G-"Na tua rua, no nº X, deixei a porta aberta do prédio, sobe ate ao ultimo andar a anda ter ao telhado."
B-"Achas?! Não vou nada."
G-"Vá lá amor...só pra te ver."
B-"Ai...tá bem, estou indo."

Pernas bambas, friozinho na barriga, borboletas no estômago, coração acelerado, e muitos outros sintomas de uma adolescente descontrolada, sem pensar em mais nada...cheguei!

O que falamos? Nada, ou quase nada. Ficamos assim num abraço...adoro sentir-me nos braços dele...queria tanto que o tempo parasse ali. Procuramos a boca um do outro...continua a enlouquecer-me...continuo a enlouquecer-lo...que vontade!...e ficamos ali...até que eu regressei ao mundo real..."não Gabriel, tenho que ir".

Que loucura...e regressei, sem olhar para trás.
Foi só uns beijos e uns amassos, sim...nada mais!


Agora...não sei! Mas despertou todo o sentimento que tentei adormecer durante estes meses todos.


sexta-feira, 16 de maio de 2014

Vale mesmo a pena visitar


Todos (quase) os bracarenses e visitantes vivem em "Bracara Augusta".
É muito giro :)

Vistam-se a rigor e a vida muda por aqui 









quinta-feira, 15 de maio de 2014

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Inquieta, eu?



Não. Não ando inquieta. Esta minha ansiedade para estar com o Gabriel, é que está a pôr-me doida...


"G- Eu adoro-te Bruna...e tu sabes!"


Não vou resistir por muito mais tempo. Eu quero-o...e ele sabe!




quinta-feira, 1 de maio de 2014

Adoro, e é minha!


GOSTO MUITO :)


Miguel Esteves Cardoso e a sua avaliação à minha cidade!
«Braga é fantástico. (...)
A primeira vez que fui a Braga já estava à espera de encontrar uma cidade grande e diferente de todas as outras. Mas fiquei siderado. Acho que Braga se dá a conhecer a quem lá entra, sem receios ou desejos de impressionar.
A primeira impressão foi a modernidade de Braga – pareceu-me Portugal, mas no futuro. E num futuro feliz. O Porto e Lisboa são mais provincianos do que Braga; têm mais complexos; têm mais manias; têm mais questiúnculas por resolver e mais coisas para provar.
Braga fez-me lembrar Milão. É verdade. Eu adoro Milão mas Milão é (mais ou menos) italiano, enquanto Braga é descaradamente português. Havia muitas montras; muitas luzes; muita alegria; muito à-vontade.
Lisboa e Porto digladiam-se; confrontam-se; definem-se por oposição uma à outra. Braga está-se nas tintas. E Coimbra – que é a outra cidade feliz de Portugal – também é muito gira, mas não tem o poderio e a prosperidade de Braga.
Em Braga, ninguém está preocupado com a afirmação de Braga em Portugal ou no mundo. Braga já era e Braga continua a ser. Sem ir a Roma, só em Braga se compreende o sentido da palavra “Augusta”.
Em contrapartida, na Rua Augusta, em Lisboa, não há boa vontade que chegue para nos convencer que o adjectivo tenha proveniência romana. A Rua Augusta é “augusta” como a Avenida da Liberdade é da “liberdade” e a Avenida dos Aliados é dos “aliados”, mas Braga é augusta no sentido original, conferido pelo próprio Augusto.
Em Braga, a questão de se “comer bem” ou “comer mal” não existe. Come-se. E, para se comer, não pode ser mal. Pronto. Em Lisboa, por muito bem que se conheçam os poucos restaurantes, está-se sempre à espera de uma desilusãozinha.
No Porto, apesar de ser difícil, ainda se consegue arranjar alguma ansiedade de se ser mal servido; de ir a um restaurante desconhecido e, por um cósmico azar, comer menos do que bem.
Em Braga isso é impossível. O problema da ansiedade não existe. Braga tem tudo. Passa bem sem nós. Mas nós é que não passamos sem ela, porque os bracarenses ensinam-nos a não perder tempo a medir o comprimento das pilinhas uns dos outros ou a arranjar termómetros de portuguesismo ou de autenticidade.
(...)
É por ser de Braga. É uma coisa que, infelizmente, nem todos nós podemos ser.
Fique então apenas a gentileza de ficar aqui dito de ter pena de não ser».
[Miguel Esteves Cardoso, “Passe de Letra”, Revista J