sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Gente má!



Um dia uma amiga disse:
"A Bruna não faz amizades, nem fácil nem rapidamente"
Esta é uma grande verdade sobre mim! 

Carolina. Já falei sobre ela, uma colega de trabalho que de repente se aproximou de mim, sempre atenta, prestativa e muito atenciosa...num curto espaço de tempo já me chamava de amiga. 
Não me pareceu coerente aquela "amizade" sem alicerces...amizade? 
É verdade que ela é uma pessoa cativante, sempre alegre, sempre bem disposta, sempre pronta para  ajudar, amiga de toda a gente...e aí é que está...ninguém é assim tão amiga de todos...quem tem assim toda a gente como amiga, não pode ter amigos.

Aproxima-se de uma pessoa, sempre presente, chama-a de amiga, cativa, e parte para outra presa sem curtar definitivamente os laços com a anterior... 
Tem algo de estranho e misterioso que nunca me agradou.
Vou percebendo aos poucos o que esconde...
É má! Não tem opinião própria, é falsa...aquela pessoa que te abraça e te sorri, e se puder empurrar-te para o fundo do poço e fugir faz-lo!
Não faz intrigas directamente, mas vai espalhando a pólvora e observa de longe alguém acende-la...
Não discorda sobre nenhum assunto, mas critica por trás das pessoas...
Não sabe de nada, mas no final da conversa, afinal diz que já sabia...
Gosta de ajudar, mas se puder dificultar o trabalho dos outros...
Manda pedras e no final vem te limpar as feridas...

Consigo sentir nos seus olhos, raiva, inveja, maldade, um olhar falso e um sorriso cínico...
Não gosto de gente assim, não gosto que se aproximem de mim...
Não gosto de gente má! 

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Tá tudo bem (quase sempre)



Dois anos e meio se passaram...de luta contra o meu pensamento, contra o sentimento, contra a tua imagem que teimava em não me dar sossego! Finalmente consegui! Consegui não te contactar, consegui não te responder às mensagens, consegui dizer-te NÃO e mais importante ainda...consegui não te deixar invadir o meu coração!
Guardei-te cuidadosamente com carinho num recanto de mim...ainda que te ouvisse ecoar, levantava o rosto e seguia em frente sem sequer pôr a hipótese de olhar para trás. 
Assunto resolvido!

"-Amanha vou embora"
Instantaneamente saltaste do recanto que te abrigava e levaste-me para todos os nossos bons momentos...Não pensei em nada, mas um medo invadiu-me, um medo terrível de perda...o medo de já não te ter ali à distancia de uma mensagem...que eu sabia que era o necessário para te ter AQUI, a distancia de uma mensagem que te faria ser MEU de novo.
"-Gostava de me despedir de ti"  (claro que sim, pensei, nunca me/te perdoaria se não o fizesse).
"-Só para nos despedirmos, pode ser?" "-Claro".

Sim, só para nos despedirmos. Estava tudo baralhado dentro de mim...as ideias, os pensamentos, os sentimentos e todas as nossas imagens, tudo misturado. "Amanha vou embora" Uma frase e tudo em mim se desmoronou. ( "amanha" amanha é daqui a poucos minutos...)

Claro que conversamos seriamente...tentamos mais uma vez perceber ISTO que é tão NOSSO, que por muito que a gente queira, parece que não tem fim, da mesma forma que não teve um começo.

(Oh puto giro, continuas igual, o mesmo puto giro de sempre. Nada mudou!)
Olhamo-nos, sorrimos, e o rosto dele aproximou-se do meu...lentamente, como que a pedir permissão para me tocar. Tão bom sentir de novo as nossas bocas unidas...
Cautelosa, afastei-me, não queria deitar tudo a perder, não podia voltar a sentir aquele desassossego...tinha que me manter fria e decidida.
Mas como resistir aquela boca quente que me saboreava cuidadosamente, como resistir aquelas mãos que percorriam o meu corpo como que a tentar guardar cada pedaço de mim, como resistir ao teu corpo que desesperadamente chamava pelo meu... Como resistir ao TEU querer, ao MEU querer... Como?!... Rendi-me a ti! E ali estávamos nós, de novo, de volta, com a mesma paixão, com a mesma loucura, com a mesma intensidade...

Não fizemos planos, nem previsões, nem juras ou promessas. Sentimos cada momento que permanecemos juntos!
"-Bruna, ainda não podemos estar juntos..."
"-Ainda? Mas quem disse que o objetivo seria esse?"
"-Tudo bem, só te vou dizer aquilo que sempre te disse: eu nunca te vou esquecer"

E partiu!
E chorei! 
Doeu!
Mas, tá tudo bem (quase sempre).








segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Em troca de mim


"O momento em que compreendes que procuras alguém com uma asa partida, porque só alguém igual a ti consegue compreender. E o momento em que compreendes que não precisas de procurar alguém igual a ti para cuidares debaixo da tua asa partida, mas sim alguém que cure a tua.
O teu caos cativou-me e prendeu-me a ti. Transformou o meu caos em serenidade ao teu lado.
Compreendes isso?
Pergunto-me se do teu lado seria igual... Se o meu caos conseguia adormecer os teus demónios.
Quero acreditar que sim mas sei que é o meu lado irracional a pensar por mim. Quis ter a capacidade de acalmar o teu caos, de ser essa pessoa para ti! Mas como se luta contra fantasmas?!
É o problema de precisar de um caos para acalmar o meu. Precisar de alguém com uma asa partida para proteger. Agora compreendo que o que preciso é de alguém que me acolha debaixo da sua asa e que me proteja a mim.
Por isso desisti... Aos poucos... De forma tão lenta que não consigo dizer a mim própria quando aconteceu.
Foi um dia.
Um desses dias em que nada acontece, um dia como tantos outros.
Aprendi que não tinha de abrir mão de ti porque...Nunca estiveste na minha mão! Apenas abri mão de um mundo que se criou em pequenos momentos. De memórias traiçoeiras que transformam um tudo, num mundo que na realidade não existe.
Por isso te dei de volta  o meu amor em troca da minha liberdade.
Libertei o meu sonho em troca do meu sorriso.
Devolvi o teu que havia em mim para ter espaço para o meu mundo... Aquele mundo que há muito não vivia!
Devolvi-te o meu tudo em troca de mim.
Porque eu preciso de mim!
Do meu mundo, onde a minha asa partida se irá curar e eu irei voar..."

In
"Um Belo Erro"

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Não consigo pensar em NADA!



Mensagem...Gabriel, outra vez!
O que é que se passa com ele, agora resolveu voltar? Agora?!!!


G-Vou embora amanha.
B-Vais embora?! Como assim?
G-Vou sair do país. 
G-Cansei disto tudo.
G-Estas em casa?
G-Gostava de me despedir de ti.
B-Fico triste que tenha de ser assim...
G-Eu também.
G-Posso te ver ou não?
B-Só pra nos despedirmos, pode ser?
G-Claro.


Pois era, não era?


A Bruna está TRISTE...