quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Quem é do Norte?


Quem é do Norte?

" As raparigas do Norte têm belezas perigosas, olhos impossíveis. Têm o ar de quem pertence a si própria. Andam de mão nas ancas. Olham de frente. Pensam em tudo e dizem tudo o que pensam. Confiam, mas não dão confiança. Acho-as verdadeiras. Acredito nelas. Gosto da vergonha delas, da maneira como coram quando se lhes fala e da maneira como podem puxar de um estalo ou de uma panela, quando se lhes falta ao respeito. São mulheres que possuem; são mulheres que pertencem. As mulheres do Norte deveriam mandar neste país. Têm o ar de que sabem o que estão a fazer."


Por Miguel Esteves Cardoso



terça-feira, 26 de novembro de 2013

Interessante!!!





" O Que Sempre Soube Das Mulheres


Tratam-nos mal, mas querem que as tratemos bem. Apaixonam-se por serial-killers e depois queixam-se de que nem um postalinho. Escrevem que se desunham.
Fingem acreditar nas nossas mentiras desde que tenhamos graça a pregá-las.

Aceitam-nos e toleram-nos porque se acham superiores. São superiores. Não tem o gene da violência, embora seja melhor não as provocarmos. Perdoam facilmente, mas nunca esquecem.
Bebem cicuta ao pequeno-almoço e destilam mel ao jantar. Têm uma capacidade de entrega que até dói. São óptimas mães até que os filhos fazem 10 anos, depois perdem o norte.
Pelam-se por jogos eróticos, mas com o sexo já depende.

Têm dias. Têm noites. Conseguem ser tão calculistas e maldosas como qualquer homem, só que com muito mais nível.
Inventaram o telemóvel ao volante. São corajosas e quando se lhes mete uma coisa na cabeça levam tudo à frente.
Fazem-se de parvas porque o seguro morreu de velho e estão muito escaldadas. Fazem-se de inocentes e (milagre!) por esse acto de vontade tornam-se mesmo inocentes.
Nunca perdem a capacidade de se deslumbrarem. Riem quando estão tristes, choram quando estão felizes. Não compreendem nada. Compreendem tudo. Sabem que o corpo é passageiro. Sabem que na viagem há que tratar bem o passageiro e que o amor é um bom fio condutor.

Não são de confiança, mas até a mais infiel das mulheres é mais leal que o mais fiel dos homens. São tramadas. Comem-nos as papas na cabeça, mas depois levam-nos a colher à boca. A única coisa em nós que é para elas um mistério é a jantarada de amigos - elas quando jogam é para ganhar.
E é tudo. Ah, não, há ainda mais uma coisa. Acreditam no Amor com A grande mas, para nossa sorte, contentam-se com pouco."


Rui Zink, in "Jornal Metro"



sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Pause



"Aprendi que amores eternos podem acabar em uma noite.
Que grandes amigos podem se tornar grandes inimigos.
Que o amor sozinho não tema força que imaginei.
Que ouvir os outros é o melhor remédio e o pior veneno.
Que a gente nunca conhece uma pessoa de verdade, afinal, gastamos uma vida inteira para conhecer a nós mesmos.
Que os poucos amigos que te apoiam na queda, são muito mais fortes do que os inimigos que te empurram.
Que o "nunca mais"nunca se cumpre, e que o "para sempre" sempre acaba.
Que a minha família com as suas mil diferenças, está sempre aqui quando eu preciso.
Que ainda não inventaram nada melhor do que colo de mãe desde que o mundo é mundo. 
Que vou sempre me surpreender, seja com os outros ou comigo.
Que vou cair e levantar milhões de vezes, e ainda assim não vou ter aprendido tudo."


Desconheço o autor

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Eu não mudo?


"O caminho é meu. Ninguém mais o pode traçar. Sou eu que tenho de me encontrar. Sem levar ninguém comigo. De perceber qual o melhor caminho que devo tomar. 
Sou eu que tenho de seguir em frente. E perseguir aquilo em que acredito. Sou eu que tenho de deixar de acreditar.
Que tenho de retirar da minha vida aquilo que me faz mal. 
De aprender a deixar a minha teimosia de lado.E desistir."




"Há histórias que não acabam.
Até podemos tentar colocar-lhes um ponto final. Reclamar. Rebater pontos de vistas. Trocar acusações. Dizer "adeus, até um dia". Fechar o livro e tentar passar à história seguinte.
Há histórias que não se calam sozinhas.
Que não sabem ficar sossegadas e teimam em rasgar a folha da palavra fim.  
Há histórias em que se tenta fechar o livro.
Devolvê-lo ou oferece-lo, mas que voltam sempre às nossas mãos. Que não saem da nossa mesa de cabeceira, como um eterno livro que não se acaba de ler.
Há histórias que são únicas. 
Começam e não mais acabam. Vão-se reescrevendo, reinventando, reformulando. Mas duram. Sempre com uma nova perspectiva, com um novo capítulo ou sequela.
Há histórias assim. 
De amor. A minha e a tua."


Desconheço o autor