segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Um pouco (muito) de mim



Diz tanto de mim -.-


36 coisas que pessoas com ansiedade gostariam que seus amigos soubessem

Quando você sofre de ansiedade, alguns aspectos comuns da amizade podem passar a ser muito complicados. Mensagens de texto não respondida, convites recusados e chamadas não atendidas, são coisas pequenas que podem estragar o dia de um ansioso. Mas isso não significa que estas pessoas não podem ter amigos, e muito menos que estes amigos não se importam com elas. Pensando nisso, o The Mighty perguntou aos seus leitores que sofrem de ansiedade o que eles gostariam que seus amigos soubessem.
Vejamos o que eles têm a dizer:

  1. 1- “O que pode parecer bobo e irracional para você, é bem real para mim.” — Paige Johnson

  2. 2- “Eu nunca sei quando a ansiedade vai atacar. Quando isso acontecer, vou precisar da sua ajuda.” — Dani Hazlewood

  3. 3- “Eu não estou evitando você. Em certos momentos, pode ser difícil falar ao telefone e fazer planos. Não é como se eu não quisesse desesperadamente conversar. É que nem sempre eu consigo.”— Marie Abbott Belcher

  4. 4- “Não desista de mim quando eu me isolar.” — Jen Jolly

  5. 5- “Ajuda muito quando alguém que eu amo e confio me lembra de respirar fundo.” — Tania Lynne Sidiqi

  6. 6- “Seja paciente comigo; a ansiedade nem sempre se manifesta com um ataque de pânico. Ataques de raiva, que parecem uma manifestação extrema de frustração também são comuns.” —Tabitha Rainey

  7. 7-“Mesmo quando tudo está bem, eu fico esperando algo horrível acontecer.” — Lindsay Ballard

  8. 8- “Quando estou muito silencioso, não é tristeza, tédio, cansaço ou qualquer outra coisa. Às vezes, acontece tanta coisa ao mesmo tempo na minha cabeça que não consigo perceber o que está à minha volta.”— Amanda Jade Briska

  9. 9- “Infelizmente, não posso apertar um botão e desligar a ansiedade.” — Katie Keepman

  10. 10- “Em alguns momentos, sinto ansiedade, mas não tenho ideia do motivo pelo qual estou ansiosa.” — Laura Hernandez

  11. 11- “Tudo pode mudar em menos de 30 segundos. Posso ter ataques se houverem muitas pessoas à minha volta, se não houver uma saída conhecida para uma determinada situação, etc.” —Ashleigh Young

  12. 12- “É sério — não é você, sou eu. A ansiedade generalizada é como estar se afogando o tempo todo. Algumas situações da vida intensificam esta sensação. Não leve para o lado pessoal quando eu tiver dificuldades em fazer planos.”— Cory Lee Tyler

  13. 13- “Quando você me perguntar se está tudo bem e eu disser que sim, não pense que não confio em você. Na minha cabeça, você pode parar de me enxergar como uma pessoa gentil, divertida e tranquila se souber a verdade.” — Arianne Gaudet

  14. 14- “Desculpe. Peço perdão por cada convite que recusei, por todas as vezes em que pareci irracional ou desagradável porque estava me sentindo oprimida e amedrontada. Peço desculpas pelas vezes que disse que faria algo, mas não fiz. Desculpe por minha ansiedade também afetar você.” —Melissa Kapuszcak

  15. 15- “A ansiedade não tem um rosto. Não preciso estar tremendo ou ofegando para ter um ataque de ansiedade.” — Vicki Blank

  16. 16- “Quando eu fico ansiosa demais para sair de casa, preciso que você me procure. Preciso saber que alguém se importa comigo e sente minha falta.”— Hayley Lyvers

  17. 17- “Não me exclua. Minha ansiedade pode me impedir de fazer certas coisas, mas um simples convite pode mudar meu dia para melhor.”— Vikki Rose Donaghy

  18. 18- “Por causa da ansiedade, eu analiso as coisas o tempo todo. Por mais que isso seja cansativo, não consigo desligar meu cérebro.” — Cailea Hiller

  19. 19- “Ansiedade não é uma atitude.” — Clare Goodwin

  20. 20- “Não precisa tentar me curar. Por favor, apenas me ame como eu sou.“— Carole Detweiler Oranzi

  21. 21- “Quero pedir desculpas por todas as vezes que fugi de você. Por todas as vezes que precisei ir embora mais cedo e você não entendeu. Por todas as vezes que precisei lhe dizer não.”— Mary Kate Donahue

  22. 22- “Na maioria das vezes, você não saberá que estou tendo um ataque de ansiedade se eu não disser.” — Kylie Wagner-Grobman

  23. 23- “Se eu não me sentir confortável fazendo algo, não insista. Tentar me convencer só piora as coisas.” — Jennifer DiTaranto

  24. 24- “Muitas vezes, a ansiedade me impede de socializar. Quando eu cancelo algo de última hora, nunca é devido à preguiça ou hostilidade. Saiba que se você precisar de mim, estarei ao seu lado da maneira que eu puder.” — Bridget Hamilton

  25. 25- “Na maior parte do tempo, não sei direito o que acontece na minha cabeça. Eu entendo que posso ser complicada às vezes, mas suas tentativas de me compreender são muito importantes para mim.” — Avery Roe

  26. 26- “Por favor, não me diga para superar isso ou que estou sendo boba.” — Carla Estevez

  27. 27- “Quando eu cancelar planos com você sem explicar demais é porque tenho medo de admitir que estou sofrendo de ansiedade. Não tem nada a ver com você… é tudo culpa dos meus ataques de pânico.”— Dorie Cabasag-Smith

  28. 28- “Por mais que eu costume recusar certos convites, continue me convidando assim mesmo. Alguns dias são melhores do que os outros, então minha resposta pode surpreender você. Seja paciente.”— Kara Edkins

  29. 29- “Não leve para o lado pessoal quando eu não quiser sair. Minha zona de conforto é a minha casa. É o único lugar onde me sinto segura.”— Elizabeth Vasquez

  30. 30- “Quando eu disser que não consigo aguentar mais nada, não é força de expressão.”— Christine L Hauck

  31. 31- “Quando não consigo fazer algo, ninguém fica mais desapontada do que eu. Por favor, tente entender isso.”—Lindsey Hemphill

  32. 32- “Em alguns momentos, eu só preciso ficar sozinha. Não é nada pessoal. Eu não sou louca. Não tenho problema algum. Só preciso sacudir a poeira e fazer algo divertido. Algumas vezes, preciso ficar sozinha para respirar fundo e me acalmar.” —Stacey Weber

  33. 33- “Toda vez que conversamos, cada palavra da nossa conversa passa pela minha mente várias vezes. Se eu disser algo que talvez não devesse ter dito, mesmo que não seja nada do outro mundo, isso pode me deixar obcecada por anos.”— Chelsea Noelani Gober

  34. 34- “Eu não me defino por minha ansiedade, então não pense em mim desta forma.” — Abi Wylie

  35. 35- “Eu sei que posso parecer ridícula às vezes, mas por favor, me ame assim mesmo.” — Melissa Renee Wilkerson

  36. 36- “Dê-me um pouco de espaço, mas não se esqueça de mim.” —Vickie Boyette

Tão eu
Acabei de me descobrir



sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

A caminhar em passos largos




Não estou a passar uma fase muito boa. Tenho medo e sinto-me perdida. Eu sei para onde caminho, já lá estive, é péssimo, horrível, pavoroso e reconfortante...
Medo! Medo de voltar a não existir para o mundo, medo de viver só em mim, medo de nada querer, medo de me tornar num insignificante ser. Medo de enlouquecer!

Habitualmente sou uma pessoa pacifica, calma, sossegada... Mas quando me irritam e me salta a tampa, não é fácil controlar-me, disparo para todos os lados. 
À dois meses atrás experimentei do meu próprio veneno...disparei, mas não foi para todos os lados, disparei sobre mim mesma. Irritada, comecei a sentir todo o meu corpo tremer, os batimentos cardíacos acelaradissimos, sentia o coração forte na minha garganta a sufocar-me, a não deixar o ar circular no meu corpo, e queria respirar e não me era permitido...assustada chorava e inquieta fugia como se a querer saltar fora daquele cenário... os membros superiores ficaram rígidos e dormentes, olhava assustada para as minhas mãos que estavam frias e estáticas, dormentes...pensei que ia morrer...é muito, muito assustador!
O medico explicou-me que não era grave, mas sim, era assustador...um ataque de pânico, ou seja dois. Foram dois dias seguidos que isto aconteceu. Fui medicada, SOS para quando voltassem os ditos ataques, suplemento alimentar e os tão temidos antidepressivos... não os queria, já sei o que é começar a toma-los, mas o medico quase me convenceu, quase, porque nem sempre os tomo como deveria. Ficou o compromisso assumido de que consultaria o medico assistente, o que também ainda não aconteceu...
Estou perdida!



Acusam-me de andar agressiva... não me sinto agressiva, mas admito que tento afastar as pessoas de mim. Não me apetece ouvi-las, não me apetece estar com ninguém, não suporto certas atitudes de pessoas fúteis e más, tudo me irrita e acho que todos estão contra mim...
Ontem foi um dia horrível, Um grande amigo meu, aquele amigo que eu sei que posso sempre contar com ele, que esta sempre disponível para mim, que já me ajudou em varias situações, que é um dos meus portos de abrigo... expulsei-o da minha vida! Enviou-me uma mensagem que eu não gostei, que achei eu achei que estava a ser injusto comigo, que eu não merecia que ele me tivesse dito o que disse. A minha atitude? Liguei-lhe a pedir explicações, só que não lhe dei sequer oportunidade de falar, discuti muito feio com ele, gritei, chorei, mandei-o dar uma curva e educadamente desliguei-lhe a chamada. Pronto! Mais uma pessoa fora da minha vida. O que eu quero? Que todos desapareçam, que saiam da minha vida e que me deixem em paz! Sinto que o mundo inteiro esta contra mim, que se uniram para me enlouquecer, E que eu não preciso de ninguém, só quero que me deixem em paz, que não falem sequer comigo. Quero desaparecer, sair deste mundo onde odeio tudo! Quero deitar-me e não despertar mais, sossegar finalmente. Sinto um peso enorme dentro de mim, sinto-me exausta, cansada de tudo e de todos. Cansada de mim!!!
E continuo com medo! Não sei muito bem de quê. Talvez de voltar aquele poço frio e escuro onde já estive, talvez de lá cair e não voltar... Talvez, ou não!...

Assim anda a Bruna, a caminhar para o abismo


quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Então e agora?



Vá lá Bruna, diz-me agora o que vais fazer com essa energia que transborda de dentro de ti?
Agora que desarrumaste tudo que guardavas com carinho, vais pôr aonde? Já pensaste nisso?
Arrumar tudo de novo não é fácil... Sabes que leva o seu tempo...
Deixar tudo como está agora, bagunçado? Achas que é o melhor?

E essas ideias inovadoras que te estão a passar pela cabeça?
Vais te meter em novas aventuras?! Não tens emenda Bruna! Tu e esse gosto de perigo... gostas mesmo de um jogo de sedução, à rapariga!... és perita em loucuras... 

Guarda lá esse teu fogo, já sabes que quem brinca com o fogo queima-se... vai ver é mesmo isso que tu queres. 
Não consegues sossegar um pouco?

Ai Bruna, Bruna... és uma louca, isso é que és...


terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Não sejas romano



"

Em Braga, não sejas romano


Segundo dados do Eurobarómetro, Braga é a cidade mais feliz de Portugal e a terceira da Europa. O mesmo estudo refere que97% dos habitantes são felizes a viver na cidade.

Começo pelos 3% que não o são: este grupo é constituído por aquela malta que nunca está bem, que vai ao melhor restaurante, comer o melhor petisco sem ter que pagar e, no fim, ainda diz que “o restaurante é um bocado longe”. Começo pelo factor proximidade: em Braga, estamos perto de tudo. Do trabalho, do ginásio, do campo de futebol, da sala de espectáculos, do café ou do centro comercial.

Mas, quando a nossa pequenina cidade não pode satisfazer as nossas necessidades culturais e recreativas, estamos perto do Porto. Ou de Guimarães: neste ponto, devo alertar que nenhum bracarense admitirá (nem sob tortura) que Guimarães é fixe. Os bracarenses dizem sempre que vão a Guimarães de passagem, mas a verdade é que vão lá. E gostam.

Estamos, também, perto de Vigo. Este estudo poderia referir que 87,6% das despedidas de solteiro dos bracarenses terminam em Vigo. Se não sabes porquê, é melhor não saberes. E, no fundo, estamos perto de Lisboa. Um bracarense que queira dar uma volta em Lisboa demora três horitas a chegar lá. Ou seja, pouco mais do que um gajo de Almada demora a chegar a Lisboa, em hora de ponta.

Há outro tipo de proximidade que importa: entre as pessoas. Conhecemos sempre alguém que conhece alguém que conhece alguém que nos pode ajudar a resolver um problema. Às vezes, gera-se uma corrente com tantas ramificações que pode acontecer ligarem-te para saberem se conheces alguém que ajude a resolver… o teu problema.

O desenrascanço é outra das nossas características. Para nós, as regras não são limitações: são quebra-cabeças para resolver. Se a série do MacGyver fosse filmada em Braga, ninguém se lembrava do MacGyver, porque todas as personagens eram principais.

Universidade do Minho é um pólo de inovação tecnológica também por isso: quem vive em Braga aprende depressa a ser criativo. Se não aprender, passa a ser um "neca". E os "necas" são ostracizados na nossa cidade. A diversão é outro aspecto que valorizamos. A nossa diversão nocturna, por exemplo, tem boa oferta. E tem um extra: todos os espaços estão cheios de pessoas de Braga, o que potencia as probabilidades de regabofe.

As nossas festas fazem as do Berlusconi parecerem uma tarde de catequese. Por falar em catequese: somos muito tolerantes. Temos uma igreja em cada esquina, temos a Semana Santa, mas fomos capazes de produzir os Mão Morta e o Adolfo Luxúria Canibal, que é o mais próximo de anti-Cristo que este país tem.

Mais: comemos tripas e rojões, papas de sarrabulho, arroz de pato, cabrito e arroz “pica no chão” (é arroz com sangue de frango). Mas temos restaurantes vegetarianos. E não atiramos pedras a quem não come carne. Só gozamos com essas pessoas. Mas pouco. A nossa gastronomia não tem o mediatismo do pastel de Belém ou da francesinha do Porto, mas é a melhor do país. OK, concedo: os transmontanos estão ao nosso nível. Mas eles têm o trabalho de comprar os animais, engordá-los e matá-los. Nós só enfardamos.

A nossa cidade é segura. Claro que há assaltos, claro que há violência. Mas, em Braga, para seres assaltado, quase tens que pedir aos assaltantes. Isto, porque os nossos assaltantes são pessoas trabalhadoras, com outros negócios a gerir (todos eles ligados ao crime), pelo que é quase preciso agendar um assalto.

Nas grandes cidades, os assaltantes são calaceiros: só assaltam. Em Braga, até os criminosos são empreendedores. Connosco, podes aprender imenso. Dizem que há mais formas de abrir uma partida de xadrez do que partículas no universo. Em Braga, há mais formas de insultar uma pessoa do que aberturas de xadrez. Até porque nós não jogamos muito xadrez. Como as peças estão todas à vista, é difícil fazer batota. Por essa razão, e por podermos jogar em tascas, preferimos a sueca.

Alguns dos nossos insultos são imperceptíveis, até para falantes do Português. Não chamamos "bimbo" a ninguém. Aliás, nós insultamos quem diz "bimbo". Dizem que, um dia, um general romano disse, sobre os povos do noroeste peninsular, que nem se governam, nem se deixam governar. Somos uma espécie de aldeia do Ásterix. Sendo assim, em Braga, não sejas romano: sê como quiseres, porque nós sabemos receber quem nos visita. Só pedimos que não sejas "bégueiro". Se não sabes o que é, é melhor não saberes."