quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Esse sentir


"É mais que uma vontade...
Entre nós pulsa algo mais intenso...
Nem sempre eu consigo entender, mas o que tu me fazes sentir, eu simplesmente AMO."

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Ah Bruna!



E la foi a Bruna criar a oportunidade de estar com o Gabriel.
É tão bom estar com ele! 
É tão louco estarmos juntos!
É só isto que sei dizer.
Sinto-me feliz agora :)


sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Só às vezes



Às vezes sinto-me carente.
Hoje estou carente.
Sinto falta de um abraço quente...forte...firme!
Sinto falta de um aconchego...um porto seguro. 
Um recanto onde possa sentir calor humano...onde me possa sentir amada.
Hoje sinto-me tão pequenina...tão necessitada de mimo.
Preciso me perder num grande abraço. Me sentir apertada...guardada.
Hoje queria adormecer nuns braços que me protegessem.
Queria sentir que sou frágil...desprotegida. 
Hoje preciso de um carinho no rosto...uma mão no ombro...um sorriso.
Preciso que alguém me pegue pela mão...me guie.
Hoje queria apenas ficar assim...aninhada!

Porra...hoje estou carente!


quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

O que eu precisava agora



"É estranho, mas de repente aparece alguém que muda a sua vida inteira, e deixa-te de pernas para o ar. Esse alguém tira a tua dor, limpa as tuas lágrimas sem ao menos te tocar; só com palavras. Faz-te sorrir, faz-te sentir bem. É estranho, porque esse alguém sabe cuidar de ti, quando ninguém mais é capaz de cuidar..."






sábado, 19 de janeiro de 2013

Quero, porque preciso



Preciso de Sol.
Preciso de sentir o calor do ar.
Preciso das noites quentes, das manhas convidativas, das tardes tórridas.
Preciso de um raio de Sol que me abrace e me aqueça o peito.
Preciso tanto para me sentir bem, para o meu espírito sorrir.

Estes dias deixam-me tão monótona :(

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Receio...



Recomendação explicita da médica "Relações sexuais, só daqui a dois meses. Diga lá ao marido para ter calma. Não pode mesmo". Certo, respondi eu, e pensei, isso não será problema.
Claro que não tinha que me preocupar com o marido. 
Fui adiando os encontros com o Gabriel, ate que passou os dois meses e a consulta do pós-operatório. Estava com receio e com curiosidade...receio de que algo tivesse mudado em mim, receio de que o Gabriel me sentisse diferente. Eu não lhe disse nada, ele não sabia que eu tinha sido operada, apenas lhe tinha dito que estava com alguns problemas no útero, mas que não era nada grave que estava a ser tratada.
Lembro-me que nessa noite lhe pedi que me desse carinho, que fosse meigo comigo. Ele perguntou:"porquê, não costumo ser?" Eu disse-lhe:"Sim, mas hoje quero que sejas mais ainda" Ele sorriu, abraçou-me e deu-me um beijo.
Tentei deixar o receio de lado e entreguei-me a ele que me cuidou de uma forma tão carinhosa...amamo-nos com tanta intensidade, como se não houvesse amanha, com tanto carinho...

Mais tarde, envolvida nos braços do Gabriel, contei-lhe e ele ouviu-me com toda a atenção e perguntou porque não lhe tinha dito nada, abraçou-me e quis saber como é que eu estava, como é que tinha enfrentado tudo isso...

O que eu tenho a dizer é que não senti qualquer diferença, hoje sou uma nova mulher, fiquei sem barriguita , não engordei, aliás ate emagreci dois quilos que me incomodavam.
Hoje estou bem! 

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

A Bruna aceitou



Momento de reflexão, era inevitável, não podia fugir, tinha que pensar muito bem o que diria ao meu cérebro, ao meu coração, sabia que teria que ser forte e principalmente ver tudo pelo lado positivo. Começando por informar a minha família (incluindo pais, irmãos, marido e filhos) aproveitei o momento em que estávamos todos juntos e com a maior naturalidade disse-lhes: "a médica disse que preciso mesmo de ser operada, fazer uma histerectomia, vou retirar o útero" claro que a reacção não foi agradável, nunca é uma noticia que se receba de animo leve, e antes que dissessem mais do que as suas próprias expressões ou perguntas do tipo"mas tem mesmo que ser?" eu disse: "...ahhh, antes isso do que tirar uma perna ou um braço ou outro membro qualquer que certamente me faria mais falta..."

Inicialmente o que eu queria era ficar bem, acabar com aquele incomodo de andar sempre com hemorragias,  com aquela sensação de peso no fundo da barriga e com o ventre dilatado.
Óbvio que fui logo pesquisar sobre mulheres que tinham passado pela mesma cirurgia. Umas com relatos positivos, outras com negativos e outras ainda que diziam horrores...mas a gente sabe que na Internet encontra todo o tipo de comentários e cada caso é um caso. Na minha opinião acho que tudo se deve à forma como encaramos as coisas. 
Durante a noite, no silencio do meu quarta, quantas vezes abracei o meu ventre e pensei (vou perder uma parte de mim, o primeiro aconchego dos meus filhos, foi aqui que tudo começou, aqui que foram gerados, que os senti meus pela primeira vez...) e sem que pudesse ou quisesse evitar as lágrimas corriam-me pelo rosto. Chorava, chorava bastante, ate adormecer. E no dia seguinte, preparava-me novamente para seguir em frente.
Passado uma semana de ter estado internada, recebi uma carta do hospital a informar que a cirurgia seria realizada no inicio de Novembro, agora só queria que o tempo passasse rápido para acabar com este tormento. 
Tirar o útero não é assim tão mau, dizia a mim mesma, não vais engordar nem te vais sentir menos mulher como diziam aquelas fulanas da net. Nada disso, vais ser a mesma Bruna de sempre, alias vais ser uma Bruna melhor sem a preocupação das hemorragias...ahhh e não te vais preocupar com o período, nem com os exames de papanicolau, nem tens que andar a tomar a pílula, nem corres o risco de engravidar...vês Bruna só coisas boas :) !
Na consulta pré-operatório a medica informou que iria fazer uma histerectomia total ou seja retirava todo o útero, mas deixaria os ovários que assim não entraria já na menopausa, uma vez que sou ainda muito nova para isso, disse que, depois viria normalmente na idade adequada para tal :)
O dia chegou, tinha que dar entrada no hospital às 8h. Entramos no carro, eu, o meu marido e o meu filho mais novo, uma vez que ele tinha aulas às 08.20. O meu marido parou na porta do hospital, eu sai, o meu marido foi levar o miúdo à escola. Dirigi-me ao elevador para subir ate ao 5º piso serviço de ginecologia. Aguardei numa salinha onde já estavam mais 3 mulheres, duas acompanhadas pelos companheiros e uma acompanhada pela mãe. Eu, aqui a Bruna, estava sozinha, afinal eu sou uma mulher forte, não, não quis que ninguém fosse comigo, a minha irmã disse que me acompanhava ou a minha mãe, mas eu não gosto de incomodar ninguém e depois também não iam fazer nada, iam sim apanhar uma seca.
A cirurgia estava marcada para as 15.30, ate lá tentei não pensar mais no assunto, aceitei, era par o meu bem estar. Nem tinha nada a lamentar, afinal eu era uma sortuda, já tinha dois filhos lindos, não pensava nem queria ter mais filhos, por isso não me ia fazer qualquer diferença.
Uma das coisas que tinha pedido ao anestesista é que não queria anestesia geral, expliquei-lhe os meus motivos e ele concordou que seria apenas anestesia local, coisa que voltei a confirmar no dia da cirurgia.
Despedi-me com carinho do meu útero que se tinha comportado muito bem quando abrigou os meus filhos e segui para o bloco operatório.
Aquele corredor, aquelas luzes por cima de mim...que sono que me estava a dar. Não são horas de dormir, pensei. Lembro-me que falavam comigo, faziam-me perguntas, conversavam entre si e disseram-me:"esta com soninho..." E eu, um pouco ingénua, respondi que sim. Só depois percebi que me tinham dado algo para dormir.
Ao acordar, senti muito frio, mas logo trataram de me aquecer, não sentia dores, mas tinha uma barriga que parecia estar gravida de 6 ou 7 meses. Disseram para não me assustar que a barriga desaparecia em breve e que tinha corrido tudo muito bem.
Nessa noite senti algumas dores, mas nada que não fosse suportável. No dia seguinte a minha mãe a minha irmã e uma amiga foram visitar-me e disseram para no dia seguinte ligar ao meu marido que ele ia buscar-me assim que tivesse alta medica.
No dia seguinte de manha o meu marido ligou-me para saber se eu já tinha alta, disse para eu lhe ligar assim que tivesse tudo pronto para sair. Por volta das 12.45 liguei-lhe, já tinha o saco arrumado, os papeis da alta comigo, ele disse-me para descer para a entrada do hospital que estaria na porta à minha espera.
Isto sim, foi o que me doeu mais, ele provavelmente não tinha noção de como eu estava, carreguei com a minha bolsa no ombro, o saco da roupa, as calças que não conseguia apertar devido a ter a barriga inchada e a dificuldade em dar cada passo com 18 pontos no ventre. Isto doeu de varias maneiras, mas eu consegui, cheguei à porta do hospital, pousei o saco e esperei. Estava muito vento, um dia frio e de chuva. Esperei, esperei ate que vi o carro chegar já com o meu filho lá dentro que tinha saído das aulas às 13.15, percebi porquê a demora. Abri a porta do carro, dei o saco ao meu folho e sentei-me com alguma dificuldade.
Chegando a casa, o meu marido perguntou-me:" e isso, já ficou tudo bem?" respondi que sim, agora ia ficar bem. 
Claro que nos primeiros dias tinha que ficar em repouso e não fazer grandes esforços, ai sim, o meu marido ajudou-me com as tarefas de casa, excepto na cozinha que é um desastre.
Passado uma semana fui tirar os pontos e depois foi só esperar que o tempo passasse e não se falou mais nisso.

Hoje sou a mesma Bruna, penso que melhor :)

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Com ou sem ajuda, segui em frente



Antes de sair do hospital, a medica informou-me que existia pelo menos outro fibroma, mas que não conseguia remove-lo da forma que removeu os outros, disse: "vamos ver como ele se comporta, se não der problemas óptimo  se começar de novo com hemorragias fortes e com dores, temos mesmo que avançar para a cirurgia"
Os dias que se seguiram não notei que estivesse pior, tinha algumas hemorragias escassas e não sentia dores. Aparentemente estava bem, apesar de o meu período menstrual andar todo desregulado.
Em Outubro de 2011 estava na minha pausa do jantar, quando me preparo para entrar ao trabalho e sinto uma hemorragia tão grande...lembro-me que estava com umas calças pretas e senti aquele liquido a cola-las às pernas, vi o sangue a sair-me pelos pés e rapidamente se formou uma poça de sangue à minha volta. Não tinha dores, só aquele sangue que não parava. Duas colegas que estavam comigo entraram em pânico, assustadas sem saber o que fazer, e eu sorri e disse-lhes: "tenham calma, peçam para me ligarem para a Cruz Vermelha que preciso de uma ambulância" Dei-lhes o numero e em alguns minutos estavam lá duas colegas minhas que me levaram ao hospital.
Fui examinada, levei com uma injecção para não variar, tomei um banho, vesti uma daquelas batas azuis muito jeitosas, a hemorragia estava controlada, depois disso perguntei à enfermeira: " Eu sei que isto é um hospital, mas vim do trabalho e preciso de fumar um cigarro. Há aqui algum sitio onde eu possa ir?" Ela riu-se e disse-me : "Disse bem, isto é um hospital" Respondi ."Esta bem, pronto, vou subir pelas paredes e tal, mas não há-de ser nada" Ela riu-se rendida e acho que com pena de mim:" Pronto, vai por este corredor, vira à direita e lá ao fundo junto à maquina de café tem uma porta que da para as escadas, pode fumar lá. Se encontrar alguém pelo caminho diga que vai tirar café. Ah e não demore, tem que ser discreta" Obrigada, agradeci com um enorme sorriso. Fumei o meu cigarrito juntamente com o café, fui para os meus aposentos, liguei a televisão e peguei no telemóvel para avisar o meu marido que estava internada.
Perguntou-me o que tinha acontecido, e de quê que precisava que me mandasse, visto que ele não poderia lá ir (e não podia mesmo porque ele tinha que abrir o estabelecimento e estava sozinho a trabalhar). No dia seguinte de manha a minha irmã foi lá levar-me as trouxas novamente. 
Visita da medica pela manha, inevitável disse-me ela " vamos ter mesmo que seguir para a cirurgia para ter uma boa qualidade de vida". Claro que me fez montes de perguntas, tipo se era casada, quantos filhos tinha, se pretendia ter mais filhos...perguntas desse género.
Concluímos que o melhor para mim seria fazer uma histerectomia total. "Esta certo, disse-lhe eu, quero é voltar a ter uma vida normal, não posso andar sempre assim".
No dia a seguir de manha, o meu irmão ligou-me a perguntar se já teria alta e eu disse que sim, então ele foi la buscar-me, subiu ao serviço de ginecologia, pegou-me no saco e deixou-me em casa, na caminha a descansar como tinha recomendado a medica. Descanso e uma boa alimentação, porque apesar de não ter anemia como comprovaram os exames, eu tinha perdido muito sangue.
Previa que os próximos dias não seriam fáceis...tinha que assentar as ideias e passar a informação positivamente para o meu cérebro,  não ia cair agora que tudo estava prestes a terminar.


domingo, 13 de janeiro de 2013

Claro que preciso de ajuda


Não gosto de me fazer de vitima, não gosto de incomodar ninguém. 
Sou muito independente e orgulhosa (creio que é o meu maior defeito).
Não, não sou nariz empinado que tem a mania que não precisa de ninguém. Não é isso! 
Sei que sozinha não sou nada, que todos precisamos uns dos outros. Sou uma pessoa humilde e sei pedir ajuda quando necessito, mas só se precisar mesmo.

Em Junho de 2011 fui a uma consulta medica de rotina, entretanto surgiu-me um problema de saúde que expus ao medico, ele, não sendo especialista encaminhou-me para o hospital.
Cheguei a casa e disse ao meu marido que teria que ser ele a ir buscar o miúdo (nosso filho mais novo) à escola, porque eu tinha  ido a uma consulta (coisa que ele não sabia) e o medico recomendou-me que fosse ao hospital. Resposta dele:"Esta bem, eu vou busca-lo" 
Impressionante, pensei eu. Nem perguntou o que eu tinha, se estava doente, nada!
Cheguei ao hospital, na triagem entreguei a carta que trazia do medico e fui observada na ginecologia. A medica disse-me que tinha um fibroma, mas que não me preocupasse que não morria daquilo, provavelmente teria umas hemorragias fora do período menstrual e talvez umas dores, mas que seria normal e que com o tempo iria passar.
Cheguei a casa e o meu marido já tinha ido buscar o miúdo à escola. Não, ele nunca me perguntou se estava doente. Também não fiz o favor de lhe dizer.

Tal como a medica mencionou, as hemorragias continuavam, as dores também e cada vez mais intensas. Estava em Agosto de 2011 uma colega de trabalha quase me obrigou a ir ao hospital, disse que ia comigo assim que terminássemos o trabalho. Agradeci a ajuda, mas disse-lhe que iria no dia seguinte, alias, ela fez-me prometer.
Lá fui eu, sem dizer nada a ninguém, cheia de dores, apanhei um autocarro e entrei nas urgências. Já na ginecologia a medica disse que estava em abortamento de fibroma, disse-me que teria que ser muito forte, porque mo ia remover e ia doer bastante. Mais dor, menos dor...pensei eu. Se tinha mesmo que ser...
A medica não mentiu! Ainda hoje consigo sentir aquela dor...lembro-me que serrei os dentes, fechei os olhos, e senti as lágrimas a correr pela cara abaixo...Dor!
Já esta minha querida! Disse a medica. Removeu um fibroma de 7, 5 cm. Problema resolvido, disse-me ela.
Perguntei se não haveria problema em ir trabalhar nesse dia, e ela disse que não, que agora estava tudo bem, que estava nova.
Sentia-me normal, ate que ao percorrer os corredores do hospital comecei a sentir náuseas, algo me escorria pelas pernas, as vozes dos utentes começavam a ouvir-se lá longe. E eu caminhava e pensava, vou desmaiar, dirigi-me à saída onde estava um segurança e eu não disse nada, ele apenas me amparou e sentou-me numa cadeira de rodas. Pediu que me levassem de volta para a ginecologista, deram-me uma injecção, puseram-me soro e mais tarde fui novamente observada pela medica que me informou que teria que me retirar outro fibroma que era mais pequeno e estaria tapado pelo anterior.
Tudo de novo, não vou voltar a descrever a dor que senti, mais uma vez. A medica deu ordem de internamento. Tinha mesmo que informar alguém, e uma vez que o meu marido estava a trabalhar e eu sabia que ele não podia sair do trabalho(o que para mim foi bom, já que ele não se tinha interessado em saber se eu estava doente ou não)  liguei para a minha irmã para o informar e para me trazer uns pijamas e alguns produtos de higiene pessoal. Nesse mesmo dia a minha cunhada e o meu irmão foram lá entregar-me o que eu necessitava e a minha cunhada disse-me muito admirada que o meu marido não sabia que eu estava com algum problema de saúde. Ao que eu lhe respondi: "não sabe porque também não se interessou em saber". 
No dia seguinte ele foi ao hospital e perguntou o que se estava a passar, eu disse-lhe resumidamente que tinha uns fibromas e que tiveram que ser removidas. Ele não me disse mais nada, ficou lá no quarto algum tempo, perguntei-lhe pelos miúdos  se estavam bem, ele respondeu... Dava voltas no quarto, olhava pela janela, eu via televisão...e foi assim durante cerca de meia hora. Perguntou se precisava que me levasse alguma coisa no dia seguinte, eu disse que não, depois ele foi embora. No dia seguinte não voltou lá, eu disse que não era necessário. No outro dia liguei para casa a informar que ia ter alta, ele perguntou se eu queria que ele me fosse buscar (e o meu orgulho falou mais alto) disse que não, fui para a paragem do autocarro e regressei a casa...



quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Apenas isso



Só!
Foi este o objectivo ao criar este blog.
Poder exprimir aquilo que sinto. Os meus medos, receios, as minhas fraquezas, tristezas, a minha magoa, a dor.
Sei que ao expor tudo isto, passo a imagem de uma pessoa amargurada e infeliz, o que não corresponde totalmente à verdade.
No meu dia a dia sou uma pessoa super alegre,satisfeita, divertida, bem humorada e de bem com a vida.
Gosto de rir, brincar, pregar partidas, dançar, cantar...este é o meu dia habitual. 
Raramente alguém me ouve reclamar, tento sempre ver o lado positivo das coisas menos boas, sou uma pessoa pratica, coerente, decidida e positiva.
Pelo menos é isso que transmito e é assim que tento ser.
Não sou de lamechices, não me irrito com facilidade, não me lamento e muito pouca coisa me tira do serio.

Não sou perfeita nem pretendo sê-lo! Tento sim ser justa.
Tenho as minhas fraquezas, que pouca, muito pouca gente conhece.
Ao longo da minha vida, foram raras as pessoas que me viram chorar (e sim, sou chorona, choro muito), talvez porque o que eu pretendo mostrar é que sou uma pessoa forte e segura.
Esse é o motivo que me leva a vir aqui ao blog, com dramas e mariquices...parecendo uma pessoa triste.
Também devido ao facto de eu ser "casada" e estar envolvida com um homem também casado, faça com que eu tenha necessidade de falar/teclar sem ter quem me aponte o dedo a julgar-me. Não importa que ninguém me ouça/leia o importante é eu conseguir expressar os meus sentimentos inconfessáveis.
Não, não sou uma pessoa triste. 
Gosto muito de mim, gosto muito de viver a vida.
Tenho um bom relacionamento com toda a minha família, existe uma cumplicidade muito grande entre mim e os meus filhos, tenho amigas (2ou3) com A grande e dou-me bem com todos os colegas de trabalho.

Não tenho do que reclamar :) a vida tem-me premiado. (não vou falar no amor, não agora)



terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Sem duvidas


Sábado, estava eu a trabalhar e o telemóvel tocou, era o coordenador da CV. Perguntou se eu teria disponibilidade para fazer serviço no Domingo à tarde. Respondi que sim, uma vez que estaria de folga do trabalho. 
Cheguei à delegação às 13.30 hora marcada para ver se todo material da ambulância estaria operacional. 
Quem encontro lá? Afonso. Sinceramente começo a estranhar estas aparições tão frequentes na delegação sempre que estou de serviço, ainda para mais, que ele não estava fardado, ou seja não estava de piquete. Começa a ser suspeito, passavam-se meses que não me cruzava com ele e agora sempre que estou de serviço, ele ou já esta la ou aparece logo de seguida.
Comprimentamo-nos, trocamos algumas palavras juntamente com um grupo de elementos que também estavam de serviço e quando ficamos sós:
A-"Pois é amiga, temos que combinar para ver o nosso filme."
B-"Ah sim, um dia destes, e pode ser uma comédia :)"
Rimos!
Entretanto foram se aproximando os restantes elementos e saímos para serviço. O Afonso ficou.
Hoje o Afonso esta de piquete, eu decidi não me destacar para hoje (contrariamente ao que lhe tinha dito).
Amanha será o meu dia de estar escalada para piquete...estou curiosa para ver se aparece de novo na delegação...

Sinceramente, não me parece que vejamos o tal filme. Não quero, é melhor que seja assim. Amigos como sempre fomos e esquecer tudo o que se passou. Não quero de maneira nenhuma perder a amizade bonita que sempre existiu entre nós. O Afonso é uma pessoa fantástica, tem uma essência bonita, um ser humano invulgar. Quero-o como amigo apenas. 
Sei que sou uma pessoa carente e que preciso de carinho e atenção, para isso servem os amigos.
Sexo, para mim sempre teve que ser com mais algum sentimento que não a amizade. Comprovei isso quando o pratiquei com o Afonso, faltava ali algo mais...


Não estou com o Gabriel desde o dia 4 de Novembro, estou com umas saudades tremendas, só nos temos falado por telemóvel e através de mensagens, mas prometi a mim mesma que não iria forçar um encontro, que não iria stressar. Estou a fazer um esforço enorme e ate agora tenho conseguido a muito custo estar sem  o ver.
Começa a ser difícil.
Ter estado com o Afonso despertou em mim um sentimento pelo Gabriel que eu sabia existir, mas que não queria nem quero admitir. Não posso, não quero, não é conveniente. Melhor pensar que não, que esse sentimento não existe, não é bom para nenhum de nos.
Estou a tentar viver com calma, com serenidade(embora um pouco ansiosa), um dia de cada vez, e quando menos esperar, sei que vou estar com o Gabriel(a minha paixão).





segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Sempre!


A mentira da vida

Li algures quando ainda era criança.

"Ensinaram-me as coisas importantes,
Que afinal o não eram.
Acumularam-me de conhecimentos,
De que ainda me liberto.
Ditaram-me nos cadernos de duas linhas,
Os exemplos que procuro não seguir.
Fizeram-me ler as historias de santos, sábios e heróis,
Que eu não quero ser nem imitar.
Aprendi a geografia dos comboios,
Para viver na era dos aviões.
Soube de cor todas as constelações,
Que hoje se escondem no fumo das cidades.
Ensinaram-me a pescar nos rios e regatos,
Em que boiam as garrafas de plástico.
Quando eu sabia tudo,
Atiraram-me para a vida de que eu nada sabia,
E onde era tudo ao contrario do que aprendera.
Habituei-me a raciocinar pelo contrario.
Não era infeliz, era desarmada.
E tive de aprender de novo,
Tudo o que não me haviam ensinado
E que eu quereria não ter aprendido."

Desconheço o autor

sábado, 5 de janeiro de 2013

Um Amor Comum



Não sou de ninguém


Para não me esquecer nunca!

"Mais do que a um país
 Que a uma família ou geração
 Mais do que a um passado
 Que a uma história ou tradição
 Tu pertences a ti
 Não és de ninguém
 Mais do que a um patrão
 A uma rotina ou profissão
 Mais do que a um partido
 Que a uma equipa ou religião
 Tu pertences a ti
 Não és de ninguém
 Vive selvagem
 E para ti serás alguém
 Nesta viagem
 Quando alguém nasce
 Nasce selvagem
 Não é de ninguém
 De ninguém"

 Delfins


 Percebeste Bruna?
 Tu pertences a ti!
 Não és de ninguém!

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Seria tão simples Afonso




Não sei se cheguei a dizer, mas isto com o Afonso começou, quando ele me confessou que nunca se envolveu com uma mulher comprometida, pois não queria ser o causa de uma traição. Claro que eu tentei mostrar-lhe que isso não seria problema dele, pois não tem qualquer envolvimento com ninguém. Depois de muita conversa, desafiou-me a ir a casa dele. Ora, como eu adoro um desafio...chegou o dia que fui mesmo. Lá aconteceu (confesso que lhe custou a soltar-se, mas depois...bom...sabe direitinho o que fazer com uma mulher comprometida) esqueci-me de dizer que o Afonso é uma pessoa tímida (ninguém diria).
Desde então, sempre que tem oportunidade, convida-me para voltar a casa dele...e eu nunca descartei a hipótese de o fazer.

Ontem mais uma vez, ele desafiou-me a la ir e depois de muita insistência da parte dele, acabei por lhe dizer:
B-"Lembra-me lá uma coisa, não eras tu que não conseguias envolver-te com uma mulher comprometida?"
A-"Sim, mas como tu disseste, só custa a primeira vez, mas tu não queres repetir :("
B-"Não era suposto repetir, apenas gosto de desafios e tu desafiaste-me"
A-"Queres um desafio a valer?"
B-"Manda vir..."
A-"Quero te ver a aparecer aqui, agora"
B-"Isso não é um desafio, é uma impossibilidade"
A-"Lá se foram os gostos por desafios, é impossibilidade porque tu não queres."
B-"Não posso sair de casa a esta hora (01.30) se eu te disser para vires a minha casa, tu vens?"
A-"Eu vou, basta dizeres"
B-"Ahahah...essa agora foi muito boa Afonso"
A-"Desde que não seja agredido por alguém..."
B-"Pois, seria melhor trazeres EPI."
A-"Só resta uma opção"
B-"Nem precisas de dizer qual"
A-"Anda Bruna"
B-"Melhor não, tu entendes, não entendes?"
A-"Entendo, mas não compreendo"
B-"Amiguinho, supostamente nem deveria ter ido a primeira vez, certo? Ou eu é que estou errada agora?"
A-"Pronto, já disseste tudo.Não queres."
B-"Nem sempre devemos fazer tudo o que queremos"
A-"Só tenho que respeitar...se tu não queres"
B-"Querer não é poder"
A-"Quando o Homem sonha a obra nasce. Quando não quer, é diferente"
B-"HOMEM, eu sou casada, ainda não te deste conta disso? Ou isso já não te diz nada!? Aqui a MÁ da fita sou eu"
A-"Diz e muito. Ainda bem que me lembraste. Eu já te via como uma pessoa descomprometida."
B-"Não gosto de moralismos, mas às vezes..."
A-"Pois, agora fizeste-me cair na real, que tombo"
B-"Não posso, não devo, não é correto. Um dia, se me conheceres melhor, vais entender. Talvez tenhamos uma conversa seria sobre isso, mas não aqui."
A-"Eu entendo. Certo, sabes que podes contar sempre comigo Bruna, independentemente de..."
B-"E acho que se continuarmos, vamos estragar a amizade e o carinho que temos, e eu não quero isso"
A-"Tens razão. Fizeste-me cair na realidade, nos meus princípios. A partir de agora somos AMIGOS, como se nada se tivesse passado"
B-"Pois...quem sabe assim...pode voltar a acontecer;)"
A-"Não, não volta a acontecer, fizeste-me ver a realidade"
B-"Também não precisas de ser tão dramático"
A-"Não é dramático. Não é correto"
B-"Isso também dependo do ponto de vista.Há muito a dizer quanto ao ser correto ou não ser"
A-"Para mim, nada de comprometidas"
B-"Queres mesmo que seja sincera? Eu não acredito que nunca te tivesses envolvida com uma mulher comprometida"
A-"Pois podes acreditar, é a serio"
B-"Então quer dizer que por ti não volta a acontecer"
A-"Acredita que não"
B-"A serio?"
A-"Serio mesmo"
B-"Posso ir ver outro filme para a tua casa?"
A-"Claro que sim, e acredita que nada se passará"
B-"Combinado, 3ªfeira estou de serviço na CVP, que te parece?"(o Afonso esta de piquet também nesse dia)
A-"Estás de serviço comigo?!"
B-"Ainda não, mas é só por la a minha disponibilidade"
A-"Pode ser, mas não se vai passar nada"
B-"Pagava para ver...ahahah :))"
A-"A menos que me picasses muito..."
B-"Na...eu não pico ninguém ;) prepara aí um filme erótico que eu quero ver-te"
A-"Ahahah :)) assim também não vale. Que tal um filme de terror?"
B-"Hummm...para eu te saltar em cima com medo?"
A-"Pronto, uma comédia?"
B-"Ok, é justo"
A-"Combinado"
B-"Bem, vou para a caminha..."
A-"Vai lá amiguita"
B-"Queres vir?"
A-"Tu provocas!..."
...
Assim termina (ou não) a insistência do Afonso (penso eu)


Mas na verdade, Bruna tu és fdda rapariga!



Ponto Final Afonso



Acabei de ter uma conversa definitiva com o Afonso. Não deixou de ser engraçada.
Mas como já é um pouco tarde e tenho que acordar as 06.45, depois conto tudo ;)


Ai Bruna, tu não tomas juízo rapariga!

Turbilhão em mim



Tinha este post em rascunhos, hoje decidi publicar.

25-11-2012
Verifico o meu e_mail. Caixa de entrada.
Mail da CVP: " Domingo de manha instrução geral de ordem unida, preparação para o juramento de bandeira dos novos recrutas"

Hum... Certamente que vai ser o Afonso a dar-nos a instrução. Pode ser que não!
Desde aquele domingo nunca mais estive com ele pessoalmente, apenas falamos pelo facebook. Estou curiosa em saber como vamos reagir, vai ser giro...

Cheguei mais cedo e juntei-me ao grupo de socorrista que já se encontravam na delegação, estávamos animados, estava um domingo muito frio, mas com um sol fantástico. Alguém diz:"Esta a chegar o Afonso!". Avisto o carro dele a entrar. Sai do carro com aquele porte jovial e abre um sorriso. Cumprimenta-nos como é habitual e junta-se ao grupo. Agimos com naturalidade.
O meu pensamento? ( Se soubessem que já estivemos juntos, numa cama enorme, atrevidamente enroscados ;) se imaginassem...) e dou por mim a sorrir para o Afonso, ele pisca-me o olho e também sorri como se adivinhasse o que estou a pensar. Trocamos algumas palavras. Decido afastar-me, vou beber um café. A instrução vai iniciar.
Preparamo-nos para formar. Três fileiras, à direita os mais graduados seguidos dos elementos mais baixos ate aos mais altos. Não sou das mais graduadas, mas sou a mais pequena da parada, logo fiquei posicionada na primeira fileira com os mais graduados à minha direita...conclusão fiquei mesmo de frente ao Afonso, uma vez que ia ser ele a dar-nos a voz de comando.
A instrução começou, o Afonso a comandar-nos e mesmo virado para mim, e eu com olhar provocante a pensar (hum...onde já andou essa boca...). E dou ordem ao meu pensamento (Bruna, pára com isso que não vai dar bom resultado).
Ouço o Afonso e sigo as suas ordens, ate que ele diz "...direiiiiiita, vooolver" desastre! Toda a parada vira para a direita e aqui a Bruna que anda com a cabecinha onde não deve, vira para a esquerda ;) risos, claro...
E diz o Afonso com ar de riso, como que a adivinhar o meu pensamento."Bruna, estas a pensar em quê?"  e grita uma colega:" na cama, claro, que lá estava mais quentinha". Mais risota geral, ate o Afonso perdeu a compostura.
Bem, depois de descontrairmos, lá começou a instrução a serio, agora sem os meus pensamentos devassos.

16-12-2012
O jantar de Natal da CVP foi super animado o Afonso sentou-se ao meu lado e óbvio que agimos com naturalidade. Já no final da festa, diz-me o Afonso " Bruna, somos vizinhos, podíamos ter vindo juntos e agora íamos juntos também". Digo-lhe eu: "É, para a próxima pensamos nisso". Conclusão, acabei por sair de fininho como se costuma dizer.

03-01-2013
Falamo-nos muitas vezes pelo facebook, ele convida-me sempre para ir a casa dele, que temos que repetir aquela tarde fantástica...eu arranjo sempre uma desculpa, aliás, já lhe disse que só voltara a acontecer se for naturalmente, não assim.
Tenho feito serviço duas ou três vezes por semana e o curioso é que o Afonso aparece sempre lá...
Sempre que nos encontramos na delegação, não tocamos no assunto, até porque nunca estamos sós. 
Ontem estive de piket com mais duas colegas e lá apareceu o Afonso com um outro elemento. Tomamos café, conversamos e de repente diz-me o Afonso: "...é hoje Bruna?" ao que respondi prontamente:"claro que sim..." e fui salva pelo telefone. Chamada do hospital, fazer o transporte de um doente para outro hospital. Previsão, íamos regressar muito tarde à delegação. Até à próxima Afonso!

Realidade: Não quero voltar a repetir aquele domingo, embora o Afonso seja um pedaço de mau (BOM) caminho. Não é isso que quero! Foi bom e pronto, basta!










terça-feira, 1 de janeiro de 2013