quarta-feira, 31 de dezembro de 2014


Eu quero!
Quero agradecer a companhia (virtual), o carinho e a compreençao de quem por aqui passou e deixou um miminho :)
Quero que permaneçam comigo no próximo ano.
Foram muitas vezes um porto-seguro para mim.
Obrigada!

Quero que sejam felizes e me ofereçam as vossas vivências de momentos felizes.

Bom Ano de 2015

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Não vou falar de nós. Ainda não!




Não sei, nem quero saber! - Frase comum...
Sinto saudade, às vezes! Quase sempre nos últimos dias.
Decidi esquecer-nos. Esqueci!...Esqueci-te!!!
Mas porque raio me lembro que hoje é o teu aniversário?!
Não Gabriel, não vou ligar-te, não vou enviar mensagem, não vou felicitar-te...não quero chatear-me!
Só não queria ter-me lembrado que hoje é o teu aniversário.


quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Algumas são assim...




"Há historias que não acabam. Até podemos tentar colocar-lhes um ponto final. Reclamar. Rebater pontos de vista. Trocar acusações. Dizer "adeus, até um dia". Fechar o livro e tentar passar à história seguinte.

Há historias que não se calam sozinhas. Que não sabem ficar sossegadas e teimam em rasgar a folha da palavra fim. Há historias em que se tenta fechar o livro. Devolvê-lo ou oferece-lo, mas que voltam sempre às nossas mãos. Que não saem da nossa mesa de cabeceira, como um eterno livro que não se acaba de ler.

Há historias que são únicas. Começam e não mais acabam. Vão-se reescrevendo, reinventando, reformulando. Mas duram. Sempre com uma nova perspectiva, com um novo capitulo ou sequela."

Há historias assim. De amor. A minha e a tua."


Rita Leston


Não, não voltamos...

Orgulho sim!


quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Game over

"É melhor retirar-se e deixar uma bonita lembrança, do que insistir e virar um verdadeiro incomodo..."



O post que tem sido adiado!...
...acabou...
Assim, sem pormenores...

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Não me batam...mas não resisto!


LINDO!!!

...e mais não digo!

(não percebo muito de futebol, mas é mais um orgulho da minha cidade)






quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Verdade :)



Alguém acredita que EU não ia à praia, talvez, à 7,8...anos?
Pois é...FUI!

Ah! E qualquer semelhança da foto com a Bruna é pura coincidência...ou não!


sábado, 30 de agosto de 2014

Nada acontece porque sim...


...musicas que parecem ser feitas por encomenda...



Tú llegaste a mi vida para ensenarme,
tú, supiste encenderme y luego apagarme,
tú, te hiciste indispensable para mi y...y...

Y con los ojos cerrados te segui,
si yo busqué dolor lo conseguí,
no eres la persona que pensé, que creí, que pedí.

Mientes, me haces dano y luego te arrepientes
ya no tiene caso que lo intentes
no me quedan ganas de sentir

Llegas cuando estoy a punto de olvidarte
busca tu camino en otra parte
mientras busco el tiempo que perdi
y hoy estoy mejor sin ti.

Voy de nuevo recordando lo que soy,
sabiendo lo que das y lo quedoy,
elnido que buscarte para ti y...y...

Y el tiempo hizo lo suyo y comprendí
las cosas no suceden porque si,
no eres la persona que pensé, que creí, que pedí.

...
Y HOY ESTOY MEJOR SIN TI (?)



sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Estes adultos estão loucos!




"Ainda não percebi bem o que querem de mim...
Enquanto sou bebe, passo 8 ou 9 horas por dia na creche, até que a minha mãe ou o meu pai me venham buscar.
Chego a casa cansado, como, os meus pais cansados, olham para mim, dizem blá blá blá, eu rio-me, eles também e vou para a cama.
Ando assim 5 ou 6 anos.

Depois entro na escola.
Entro logo de manhã, às vezes debaixo de chuva, vento e muito frio e estou dentro da escola, 6 ou 7 horas, até que a minha mãe ou o meu pai me venha buscar.
Em casa faço os TPC`s, com a ajuda possível dos meus pais, que estão cansados, frustrados, revoltados com o trabalho, que mal dá salário para vivermos com dignidade, até que chega a hora do jantar, feito pela minha mãe.
Depois olham para mim, com os olhos cansados, mas ainda com energia para dizerem blá, blá, blá. Eu ainda me rio, eles também, lavo os dentes e vou para a cama.
Ando assim mais 4 anos.

Entro na escola secundária. Tenho muitos professores e muitas disciplinas. Fico lá 6 ou 7 horas, até tocar para a saída.
Nos primeiros tempos ainda espero pelo meu pai (é ele que tem o carro), e vou para casa. Mas alguns 3 ou 4 anos depois, já vou sozinho para casa. Apanho os transportes públicos, cheios de adultos que até me pisam para entrarem primeiro que eu, mostro o "passe" e chego a casa. Cansado!
Beijo o meu pai, também cansado. Beijo a minha mãe na cozinha, também cansada, e tento fazer os TPC`s. Por vezes adormeço. Muitas vezes não consigo fazê-los. E então já sei que os professores vão escrever um "recado" ao meu pai. E depois vou ser castigado. Mesmo que esteja cansado!
No dia seguinte, o professor grita comigo e pergunta se os meus pais não tem tempo para me dar educação.
Eu não respondo, mas apetece-me!
Alguns dos meus colegas, respondem!
E os professores dizem que não são educadores. Que os educadores devem ser os pais.
Só que os professores estão comigo 7 horas por dia, se não faltarem às aulas.
Os meus pais, estão comigo, talvez, 2 ou 3 horas por dia, o resto é para comer e dormir.

Fico a pensar, quem é que me pode educar?
Acho que os adultos estão loucos!
Vou começar a fazer birra!
Talvez me olhem de outra maneira...
Acho que vou começar a fumar nas traseiras da escola. Está lá a malta da turma. Eles até não se importam de "partilhar aqueles cigarros que eles próprios fazem".
Eles dizem que aquilo é um paraíso.
Talvez experimente.
Os professores não vão dizer nada porque não são meus educadores.
Os meus pais não vão dizer nada porque na escola ninguém tem obrigação de me vigiar e em casa os meus pais estão cansados e só estão comigo (acordados) 2 ou 3 horas.

Os adultos dizem que eu sou mal educado mas na verdade, eu não tenho educação nenhuma mesmo.
Porquê?
Porque os adultos não têm tempo!


NOTA:
Não tenho nada contra os Pais ou os Professores, mas tenho contra esta Sociedade Desequilibrada!


João Pessoa

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

sábado, 16 de agosto de 2014

Gosto de ti e pronto! Acho que gosto!


Li e gostei muito! 




"Gosto de ti .Às vezes não é fácil dizer-to. Por vezes quero, necessito dizer, usar as palavras certas e conseguir expressar o vulcão de sentimentos, que explode cá dentro.
Gosto de ti, por vezes vale mais que um Amo-te. Banalizaram a palavra e a mim custa dizer que Amo-te quando toda a gente usa esse termo.
Amo-te não é suficiente, não depois de tão gasto como está actualmente.
Amo-te não chega, é demasiado diminuto. Não encontro a palavras certa, por isso muitas vezes opto pelo Gosto de ti.
Gosto de ti, inocente, sem caprichos, com sinceridade. Gosto de ti, como as crianças expressam o seu gosto por gelado, por chocolate...
Gosto de ti, sincero e ingénuo.
Gosto de ti cabe tudo.
Amor, amizade, paixão, desejo, compreensão, lealdade, cumplicidade...
Gosto de ti, tanto mas tanto.

Perdidamente..."


Desconheço o autor

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Apenas isso



23-07-2014

G- Bruna eu nunca te vou esquecer, eu não te quero esquecer!
B- Desculpa ter entrado na tua vida sem que o permitisses...não foi por querer...desculpa ser assim...se ao menos pudesses entender...está difícil...mas desculpa!



domingo, 25 de maio de 2014

...e quando penso que não pode piorar...


Escusado será dizer que passei uma 6ª feira de rastos. Não consegui deixar de pensar em tudo o que disse ao Gabriel, em tudo o que já passamos juntos...em como seria daqui para a frente...

Chego a casa por volta das 23.45, exausta, depois de um dia de trabalho... o "meu marido" inicia uma discussão com o miúdo mais novo (não interfiro)...o miúdo vai para a cama.
Reparo que afinal o "meu marido" desligou a Internet consequentemente a televisão...fico possuída...(normalmente, é esta a minha hora de vir para o PC) discussão brava (como já disse aqui, nós raramente nos falamos, só mesmo o essencial ) entre palavras e meias palavras...bazei!

Noite fria, ruas desertas, auscultadores nos ouvidos, cigarro na mão, lágrimas a cair, e tanto me passou pela cabeça...Deus, pensei em tanta coisa...só me apetecia desaparecer, fugir, ir para muito longe, não ver ninguém por muito, muito tempo... estou tão farta desta vida de merda, foda-se não tenho sorte com nada...que droga de vida esta... às vezes apetece-me acabar com tudo...às vezes não gosto de mim...às vezes sinto-me tão pequena, tão desnecessária...será que eu sou importante para alguém? Às vezes não sei o que ando aqui a fazer...
Ando um tempo infinito...limpo as lágrimas, respiro fundo, e digo-me..." tem calma Bruna, um dia tudo passa, há pessoas que tem problemas bem mais graves do que os teus, tens saúde e dois filhos que te adoram e precisam ainda de ti..." regresso a casa, tomo um duche e durmo.

...claro que hoje acordei com um peso enorme nos meus olhos e uma tremenda enxaqueca...

Estou um trapo!

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Furiosa/Triste



...
B-"Olha agora a serio, pensa comigo, se não podes à noite e não é conveniente de dia,quer dizer que não nos vemos mais, é isso não é Gabriel? Ou estou enganada? E responde, sabes que fico toda stressada quando me ignoras..."
G-"Eu não te ignoro. Claro que nos vemos amor, só que tem de ser durante o dia, à noite não dá Bruna"
B-"Estou aqui a pensar, nem sei que te diga...só podes estar a gozar comigo...se antes era difícil, agora é quase impossível...não brinques...
Sabes o que penso...prefiro a certeza de não ter, que a incerteza de ter...
Olha Gabriel vou dizer isto com muita pena minha, com o coração apertadinho...não contes mais comigo :( xau aí..."



quarta-feira, 21 de maio de 2014

Foi por impulso


Não. Tu não fizeste isso Bruna!


Temos trocado mensagens, é verdade...só.

B-"Lembrei-me de ti, hoje esteve um técnico na minha casa..."
G-"Que conversa é essa...eu sou o único técnico que pode ir aí."

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G."Onde estas amor?"
B-"Em casa."
G-"Preciso de te ver, vou aí."
B-"Quando? Agora?"
G-"Já."
B-"Não. Não estou sozinha. Onde estas?"
G-"Perto da tua casa, anda aqui Bruna"
B-"Onde?"
G-"Na tua rua, no nº X, deixei a porta aberta do prédio, sobe ate ao ultimo andar a anda ter ao telhado."
B-"Achas?! Não vou nada."
G-"Vá lá amor...só pra te ver."
B-"Ai...tá bem, estou indo."

Pernas bambas, friozinho na barriga, borboletas no estômago, coração acelerado, e muitos outros sintomas de uma adolescente descontrolada, sem pensar em mais nada...cheguei!

O que falamos? Nada, ou quase nada. Ficamos assim num abraço...adoro sentir-me nos braços dele...queria tanto que o tempo parasse ali. Procuramos a boca um do outro...continua a enlouquecer-me...continuo a enlouquecer-lo...que vontade!...e ficamos ali...até que eu regressei ao mundo real..."não Gabriel, tenho que ir".

Que loucura...e regressei, sem olhar para trás.
Foi só uns beijos e uns amassos, sim...nada mais!


Agora...não sei! Mas despertou todo o sentimento que tentei adormecer durante estes meses todos.


sexta-feira, 16 de maio de 2014

Vale mesmo a pena visitar


Todos (quase) os bracarenses e visitantes vivem em "Bracara Augusta".
É muito giro :)

Vistam-se a rigor e a vida muda por aqui 









quinta-feira, 15 de maio de 2014

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Inquieta, eu?



Não. Não ando inquieta. Esta minha ansiedade para estar com o Gabriel, é que está a pôr-me doida...


"G- Eu adoro-te Bruna...e tu sabes!"


Não vou resistir por muito mais tempo. Eu quero-o...e ele sabe!




quinta-feira, 1 de maio de 2014

Adoro, e é minha!


GOSTO MUITO :)


Miguel Esteves Cardoso e a sua avaliação à minha cidade!
«Braga é fantástico. (...)
A primeira vez que fui a Braga já estava à espera de encontrar uma cidade grande e diferente de todas as outras. Mas fiquei siderado. Acho que Braga se dá a conhecer a quem lá entra, sem receios ou desejos de impressionar.
A primeira impressão foi a modernidade de Braga – pareceu-me Portugal, mas no futuro. E num futuro feliz. O Porto e Lisboa são mais provincianos do que Braga; têm mais complexos; têm mais manias; têm mais questiúnculas por resolver e mais coisas para provar.
Braga fez-me lembrar Milão. É verdade. Eu adoro Milão mas Milão é (mais ou menos) italiano, enquanto Braga é descaradamente português. Havia muitas montras; muitas luzes; muita alegria; muito à-vontade.
Lisboa e Porto digladiam-se; confrontam-se; definem-se por oposição uma à outra. Braga está-se nas tintas. E Coimbra – que é a outra cidade feliz de Portugal – também é muito gira, mas não tem o poderio e a prosperidade de Braga.
Em Braga, ninguém está preocupado com a afirmação de Braga em Portugal ou no mundo. Braga já era e Braga continua a ser. Sem ir a Roma, só em Braga se compreende o sentido da palavra “Augusta”.
Em contrapartida, na Rua Augusta, em Lisboa, não há boa vontade que chegue para nos convencer que o adjectivo tenha proveniência romana. A Rua Augusta é “augusta” como a Avenida da Liberdade é da “liberdade” e a Avenida dos Aliados é dos “aliados”, mas Braga é augusta no sentido original, conferido pelo próprio Augusto.
Em Braga, a questão de se “comer bem” ou “comer mal” não existe. Come-se. E, para se comer, não pode ser mal. Pronto. Em Lisboa, por muito bem que se conheçam os poucos restaurantes, está-se sempre à espera de uma desilusãozinha.
No Porto, apesar de ser difícil, ainda se consegue arranjar alguma ansiedade de se ser mal servido; de ir a um restaurante desconhecido e, por um cósmico azar, comer menos do que bem.
Em Braga isso é impossível. O problema da ansiedade não existe. Braga tem tudo. Passa bem sem nós. Mas nós é que não passamos sem ela, porque os bracarenses ensinam-nos a não perder tempo a medir o comprimento das pilinhas uns dos outros ou a arranjar termómetros de portuguesismo ou de autenticidade.
(...)
É por ser de Braga. É uma coisa que, infelizmente, nem todos nós podemos ser.
Fique então apenas a gentileza de ficar aqui dito de ter pena de não ser».
[Miguel Esteves Cardoso, “Passe de Letra”, Revista J

domingo, 20 de abril de 2014

Tempo. Dá-me tempo!


Não quero ceder, não quero viver tudo de novo, não preciso da agitação de um coração a bater descontroladamente.


Descontrolei-me. Pensei tanto no Gabriel. Não consegui conter-me. Passou um dia, dois...

B- Já estas melhor amigo?
G- Já não me queres Bruna?
...
G- Não queres nada comigo, pois não?
B- Gosto de saber que estas bem.
G- Não queres Bruna? Precisamos falar, pode ser?
B- Agora não. Só estou triste contigo, sabes que não me tens tratado muito bem. Cansei, só isso."


Esperei. Se naquele momento me tivesse dito: "anda", eu ia...
Tenho pensado tanto nele, tenho nos imaginado tanto... Que droga de sentimento...
Não quero voltar a estar com ele, nem mais uma vez...
Apetece-me tanto sentir o calor daquele corpo e aquela boca que conheço de cor o sabor... e se... se for só mais uma vez? A ultima vez. Pode ser? Assim, pode?!

Quero resistir, quero muito. 
Só uma vez, não faz mal, pois não?!


quarta-feira, 16 de abril de 2014

Tenho que resistir


Logo pela manha:
"G-Estas em casa? Preciso de te dar um beijo..."
Vejo a mensagem e não respondo.

Durante a tarde:
"G-Bruna, só um beijo, vá la...
B-Amigo, não provoques...
G-Só um beijo agora, para veres como estou carente.
B-Sério!?
G-Sim amor.
B-Não costumo andar aos beijos com os meus amigos.
G-Comigo andas.
B-Ando!? Não me lembro...isso vai à quanto tempo mesmo?"

Ficamos assim...
Sinceramente, acho que ele já percebeu que me perdeu...



Não parei de pensar nele...
Esperei que voltasse a ligar...
Ele mexe comigo...
Não quero estar com ele...
Mas sei que preciso dele...
Não posso!...

Prefiro a certeza de não o ter, que a incerteza de o ter...sem duvida!


terça-feira, 15 de abril de 2014

Não me tentes...


E eu nem acredito...agora até me ligas?!...mas não era só por mensagens que nos comunicávamos?!
Pois...deixo o telemóvel tocar. Até tem uma musica agradável. Toca...toca...toca...
Não me apetece sequer atender.

"- Não me tentes.
- Eu queria...meu amor"

Grrrrr.......mas que raiva.......

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Sinto-me bem assim


Muito resumidamente...
Cansei do Gabriel, cansei daquela situação que já não me estava a fazer muito bem.
Um dia, assim sem mais, enviei-lhe uma mensagem mais ou menos deste género:
" Não é uma decisão fácil nem impensada, mas é a melhor decisão. Sabíamos que o dia chegaria. Chegou Gabriel. Sem stresses, sem mágoas, na boa."
Ele não respondeu...Provavelmente devia pensar que eu não estaria a falar a serio, não sei.
Muito exporadicamente enviamos umas mensagens cordiais...nada de especial. Na verdade, também já tenho ignorado algumas...

Ontem, ele, que é um desligado dessas coisas...
"Parabéns meu amor...tenho saudades tuas..."

Ahahah até me ri. Não lhe respondi, provavelmente, deveria ter agradecido, mas não me apeteceu fazê-lo. Um dia destes, quem sabe, agradeço.
O bom disto, é que não senti nada de especial, aquela maluqueira das borboletas no estômago, aqueles batimentos eufóricos de ansiedade, aquele desejo de o ouvir...nada. Ri-me!

Pois é, já lá vão oito meses que não o vejo, que não falo com ele, que não o sinto...
Verdade que às vezes dá uma saudade...mas logo passa...


quarta-feira, 2 de abril de 2014

Às vezes ainda apareces





Claro que me lembro de ti, e não é só às vezes, é muitas vezes.

Sinto falta do teu abraço. Do teu carinho. Do teu colo...

Já está a passar, vai passar...

Está a ser difícil, mas eu aguento ;) 
(acho que sim)

sexta-feira, 14 de março de 2014

Não perturbes a paz que me foi dada



"Agora que o silencio é um mar sem ondas,
E que nele posso navegar sem rumo,
Não respondas
Às urgentes perguntas
Que te fiz.
Deixa-me ser feliz
Assim,
Já tão longe de ti como de mim.
Perde-se a vida a desejá-la tanto.
Só soubemos sofrer, enquanto
O nosso amor
Durou.
Mas o tempo passou,
Há calmaria...

Não perturbes a paz que me foi dada.
Ouvir de novo a tua voz seria
Matar a sede com água salgada."

Miguel Torga
Imagem: Toni Frissel

quarta-feira, 12 de março de 2014

GOSTO! E não tem nada a ver com isto...



Porquê que decidi ser voluntária?
Por acaso.
Porque já tinha de ser.

Foi por acaso sim.
Pensava como tantas outras pessoas (a maioria), e dizia: "... gostava de ser voluntária para ajudar os outros, mas não tenho tempo pra nada..."

Pois bem, esse tempo foi-me dado, só tive que o aproveitar. E ainda bem que o fiz.
Nunca fui de estar parada (sem trabalho) muito tempo. Preciso de me sentir útil, preciso de me levantar todas as manhas e saber que algo me espera, preciso de ter objectivos e um propósito para viver. Preciso de viver!

Um dia, estando eu na situação de desempregada, arregacei as mangas e todas as manhas o meu objectivo era procurar trabalho. Respondia a anúncios de jornais, entregava currículos em diversas empresas, dirigia-me ao centro de emprego, falava com amigos, recorri a varias juntas de freguesias, centros de formação profissional...sempre ocupada de um lado para o outro. 
Não apareciam respostas de lado nenhum, mas não desisti. Estando eu a percorrer as folhas de jornais e a responder aos anúncios, vi uma solicitação em que recrutavam voluntários para a cruz vermelha portuguesa. Sempre pensei que para ser socorrista teríamos que ter uma formação nessa área e eu não tinha...o que nunca soube foi que eles davam essa formação..."porreiro, disse eu, já que não tenho trabalho, é desta que vou inscrever-me para voluntária, parada é que não posso ficar". 
Tive receio, claro, nunca fui muito segura das minhas capacidades, embora me considere uma pessoa inteligente.
Não foi fácil. Fui a uma entrevista colectiva com cerca de 100 candidatos. De seguida surgiu a entrevista individual com o comandante da Cruz Vermelha e com um psicólogo. Depois reunir todos os documentos necessários, entre eles um registo criminal e um atestado de robustez físico e psicológico. Foi complicado arranjar o atestado, não tinha medico de família e encontrei algumas entraves, pois não arranjava nenhum medico disponível para o passar. Nesta altura, estava prestes a desistir, mas como se diz que quem tem amigos não morre na cadeia...pedi a uma amiga (detesto ter que pedir favores) que trabalha num hospital e ela lá conseguiu que um colega (medico) me fizesse o exame. Porreiro.

Agora vinha a parte mais difícil, a formação. Dei-me conta que já tinha deixado de estudar à 20 anos...ia ser complicado. A formação iniciou em Abril, em Junho arranjei um part-time (através de um amigo) das 18h até às 22h. Entretanto fui chamada para frequentar um curso de formação profissional que iniciava em Setembro. 
Assim sendo, de segunda a sexta feira frequentava o curso das 9h até às 17, de seguida corria para o part-time das 18h às 22h, e a formação na Cruz Vermelha era à sexta feira das 21h às 24h, sábado das 14h às 17h e ao domingo das 9h às 13h. (à sexta-feira saia mais cedo do part-time e compensava as horas sábado de manha). Dá para ver como foi complicado?! Com esforço lá consegui.
Depois de tudo isto...veio o exame final da Cruz Vermelha...juro que nunca me senti tão stressada com um exame. Éramos cerca de 40 socorristas, estivemos na unidade de socorro desde manha. Éramos avaliados em equipa e individualmente pelo formador e por um técnico de Lisboa pertencente à Cruz Vermelha. De manha fizemos o exame teórico, durante a tarde o exame pratico. 
Imaginam a minha ansiedade? O meu grupo era o penúltimo, o exame iniciou às 23h, já tinha visto três colegas serem reprovados... Alivio...Correu bem! Feliz, muito feliz mesmo! Nem conseguia acreditar. É verdade, chorei de tão feliz que estava.

Isto tudo para dizer que adoro ser voluntária, que me dá prazer poder proporcionar momentos menos dolorosos a pessoas que eu não conheço...que adoro poder fazer a diferença num momento em que as pessoas estão tão vulneráveis, num momento em que as pessoas mais precisam de ajuda...Sinto-me bem! 
Quando me perguntam com admiração "...então ganhas mesmo nada? " Respondo com sinceridade: "É claro que ganho.Ganho a satisfação de dever cumprido. Ganho tanto..." A sério, não dá para explicar o que sentimos quando vemos um rosto agradecer-nos com um olhar. Mesmo sabendo que dali a segundos já ninguém se vai lembrar do nosso rosto.

Sou voluntária à mais de cinco anos e quero sê-lo a vida toda (até conseguir ser capaz).
No mês de Fevereiro fui promovida a especialista de emergência principal e recebi uma medalha de mérito, uma dessas que está na imagem, linda não é? Numa cerimónia onde constavam várias individualidades, os nossos familiares e toda a família da Cruz Vermelha da nossa delegação, foi-me entregue pelo meu irmão(que eu fiz questão) a nova insígnia e a medalha. 
Gosto de ser voluntária e não tem nada a ver com isto de receber medalhas...mas foi um momento único, um orgulho ser tripulante de ambulâncias da Cruz Vermelha Portuguesa a maior Instituição Humanitária do mundo.

:)




segunda-feira, 10 de março de 2014

Só a mão, chega!





"Não digas nada, dá-me só a mão. Palavra de honra que não é preciso, dizer nada, a mão chega. Parece-te estranho que a mão chegue, não é, mas chega. Se calhar sou uma pessoa carente. Se calhar nem sequer sou carente, sou só parvo."

António Lobo Antunes


quarta-feira, 5 de março de 2014

Mesmo deste jeito


"Eu adoro o que me deixa inquieta, sair da rotina, dos trilhos, do normal.
Perder o fôlego, a pose, o rumo, o sono, e a paciência.
Tenho preguiça do sossego, ele deixa-me chata, sem sentido...
Quietude somente na alma, o corpo precisa de ouvir os meus vasos sanguíneos e o meu coração pulsar freneticamente todos os dias.
É assim que eu quero! É isso que eu quero para a minha vida!
É assim mesmo. Desse jeito."


Desconheço o autor

segunda-feira, 3 de março de 2014

Fui muito parva...



Eu sabia que não estava minimamente preparada para encontrar a Vitória. A ferida ainda dói. A cicatriz ainda não fechou totalmente. Eu sabia, sentia-o.

A Paula (nossa amiga comum) foi uma querida. Durante o percurso até a casa da Vitória, não fez qualquer comentário ao facto de não nos falarmos.
Subimos juntas no elevador, deixei que ela saísse primeiro. Sentia o coração aos pulos, as pernas tremulas, um ar carregado. Receio...era essencialmente o que sentia. Não me apetecia estar ali, mas sabia que precisava fazê-lo. Pela Vitória, por tudo de bom que tínhamos vivido, por conhecer tão bem a sua fragilidade nesse momento.

A porta abriu-se. O meu receio aumentava, sem tempo de recuar. Avancei. Todo o passado estava de volta naquele momento. Vi um sorriso triste e dois braços abertos para mim (a Vitória não é nada afectuosa, tal como eu), aproximei-me e retribui o abraço. Senti-a fria, tal como ela é, mas disponível. 

Sentamo-nos as três no sofá, um copo de vinho e a conversa foi surgindo...

A Vitória agiu como se nada tivesse abalado a nossa amizade...tratou-me pelo nome carinhoso que só duas ou três pessoas o fazem...perguntou-me tudo sobre o meu trabalho, sobre a CVP, sobre os meus filhos, o meu marido, os meus pais, irmãos, quis saber como é que eu estava...elogiou a minha imagem...lamentou alguns percalços que enfrentei nestes quatro anos... Fui seca, curta e prática nas minhas respostas! Prática!

Eu apenas lhe tentei dar apoio pela perda da sua sobrinha. Ela continua sem aceitar a perda. Não quer perder o contacto com ela...fala-lhe todos os dias, escreve-lhe, conta-lhe tudo o que se passa à sua volta...vive com uma pessoa ausente... A Vitória não está nada bem!
Eu limitei-me a confortá-la, dar-lhe apoio, só, afinal foi esse o propósito do nosso encontro prematuro.

Foi uma sensação muito estranha, por momentos, parecia que não se tinham passado quatro anos e que nunca nos tínhamos zangado, ela agiu como tal. Estava igual, estava tudo igual. Os moveis no mesmo sitio, as paredes pintadas da mesma cor, os copos de vinho eram os mesmos... A mesma Vitória que eu conhecia, o sorriso triste, o olhar intenso que até incomoda, as gargalhadas silenciosas como só ela sabe dar, os mesmos gestos...parecia que só eu tinha mudado.
Eu sentia-me diferente. Sentia-me distante daquele mundo que já não era o meu. Aquelas, já não eram as minhas amigas, eu não as via como amigas. Eu já não queria vê-las como amigas... 
Sempre séria, com um sorriso forçado. Não fiz perguntas, não fiz qualquer observação, não quis saber do seu trabalho, nem tampouco perguntei sobre a sua família...

Tenho pensado  em tudo o que vivemos juntas. Foi bom, foi uma amizade bonita, pura, gratuita. Não consigo descrever tudo de bom que foi a nossa amizade, tudo o que aprendemos uma com a outra, o tão bem que nos conhecíamos, a facto de falarmos só com um olhar, a cumplicidade que existia...tudo! 
Lamento tanto que tudo isso tenha terminado!
Eu estou diferente. Eu mudei. Mais fria em relação à amizade, mais cautelosa, mais na defensiva. Hoje não deixo sequer que algo parecido com amizade se aproxime. Não quero!

Senti medo. Medo de ter a amizade da Vitória de volta. Medo que nos voltemos a aproximar. Medo que volte aquele mundo que já não me pertence. Não quero!

Despedimo-nos cordialmente.

No meu telemóvel tinha uma mensagem da Vitória :
"Bruna, gostei muito de te ver, mas tu estavas tão calada, não disseste quase nada. Para a próxima marcamos um jantar aqui em casa, tudo bem? bjs"

Respondi: "Também gostei de te ver...foi estranho. Ah, eu sou calada. Depois falamos do jantar, bjnhs fica bem"

Eu sabia que não estava preparada!!!