quarta-feira, 8 de junho de 2011

À espera de nada

7 Outubro 2009


"Hoje é mais um daqueles dias em que não sei quem sou, nem o que pretendo ser.
Esta noite, dirijo-me para casa, com passos muito lentos, sinto a chuva bem miudinha a bater-me no rosto como que a tentar despertar-me de um sono...Um sono em que se tornou a minha vida. Um sono que não me permite viver, apenas ter sonhos ou pesadelos.
Eu quero acordar!
Eu quero viver!
E penso, naquilo que tornei a minha vida, naquilo que eu sou, naquilo que eu espero.
Chego à conclusão que, a vida, estou a desperdiça-la...
O que sou? Mais uma pessoa que deixa passar a vida ao lado, por ter medo de vivê-la...
O que espero? Nada. Quem não sabe o que quer, não espera nada.
Estou sempre a ver se algo acontece, e não faço nada para que aconteça coisa alguma.
Eu não espero nada, estou aqui à deriva, só a ver o que acontece à minha volta, a ver se vem uma brisa que faça o meu barco movimentar-se ou a ver se chega uma tempestade que o faça virar de vez...mas pegar nos remos, e remar, isso não, não sou capaz de o fazer.
Hoje, não gosto de mim. Hoje escondo-me de mim. Não me quero ver, não quero enfrentar-me, porque sinceramente, hoje não gosto de mim.
Hoje não quero que ninguém me veja, não quero que ninguém fale comigo, hoje não quero sequer existir...
Hoje estou magoada comigo!"

Bruna


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